Prematuridade: Nascidos antes do tempo, esses pequenos guerreiros enfrentam um mundo de desafios desde o primeiro suspiro. No entanto, por trás de sua fragilidade inicial, esses bebês trazem consigo uma força e determinação que inspiram a todos nós. Veja como estamos preparados para receber bebês prematuros.
Por ano, nascem em torno de 13.4 milhões de prematuros no mundo. No Brasil, são cerca de 320.000 (*). Ou seja, 876 prematuros por dia ou 36 por hora, no Brasil, indicando uma taxa de prematuridade de 11,1%, o dobro do índice de alguns países europeus.
(*) Segundo dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos, do SUS e Ministério da Saúde.
Dúvidas frequentes
O que causa a prematuridade?
Vários fatores podem levar uma gestante a ter um parto prematuro. Entre os mais frequentes, estão:
Como as causas podem ser muitas, os tratamentos e medidas de prevenção também variam de um caso para outro:
Repouso domiciliar ∕ hospitalar
Utilização de progesterona
Cerclagem do colo uterino ∕ Pessário cervical (anel de
silicone)
Antibióticos
Medicamentos (uterolíticos)
Sabia que o pré-natal em dia pode ajudar no diagnóstico e a iniciar um tratamento correto? Agende uma consulta pelo telefone (11) 5080-6070 ou pelo WhatsApp (11) 5080-6000
Como identificar uma ameaça de parto prematuro?
Os principais sintomas do parto prematuro são:
Contrações
Sangramento
Quadro febril
Perda de líquido
Pressão alta
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Como estamos preparados para receber os bebês prematuros?
No Santa Joana, a taxa de sobrevida de bebês prematuros nascidos com mais de 1Kg é de mais de 90%, em linha com as principais maternidades de referência da Rede Vermont-Oxford, que reúne em torno de 1.000 maternidades do mundo todo, para troca de dados e informações sobre cuidados com prematuros.
Nas UTIs Neonatais do Santa Joana, são atendidos dois grandes grupos de recém-nascidos: os prematuros e os bebês com algum tipo de malformação. Dos bebês nascidos vivos, em torno de 1,6% são classificados como prematuros de muito baixo peso (menos de 1.500 gramas). E há ainda os representantes do grupo de extremo baixo peso (inferior a 1.000 gramas), cerca de 0,6% dos bebês.
A fisiologia do prematuro tem sido muito estudada, e esses conhecimentos são aplicados diretamente na UTI Neonatal. A utilização de proteína surfactante tornou-se um dos principais fatores para possibilitar a respiração em bebês prematuros, que normalmente têm os pulmões ainda imaturos.
Outra mudança aconteceu nos respiradores artificiais. Antigamente, eram acionados automaticamente; hoje, são deflagrados pelo ritmo de respiração do próprio bebê, reduzindo os riscos de lesão pulmonar.
Recursos como colchões térmicos, que ajudam a manter a temperatura do bebê também contribuem para a evolução do recém-nascido. A evolução das incubadoras é outro fator de contribuição para melhora desses pacientes.
Humanização
Outros cuidados importantes, voltados para humanização, são adotados nas UTIs Neonatais do Hospital e Maternidade Santa Joana:
Hora do Psiu
Momento em que as luzes e ruídos da UTI Neonatal são diminuídos para que o bebê possa descansar melhor.
Método Canguru
Contato pele a pele entre os pais e o bebê que, além de estabelecer o afeto e segurança, favorece o desenvolvimento neuropsicomotor, ganho de peso e contribui para a defesa imunológica.
Quando são muito pequenos, logo que nascem, os prematuros não têm condições de ingerir o leite materno porque o intestino também não está preparado para receber esse alimento. Antes de 32-34 semanas ele também não tem coordenação de sucção-deglutição e pode engasgar se ingerir o leite via oral. Nessa fase, a alimentação é feita pela veia, à base de nutrientes prontos para serem absorvidos. Assim que o bebê tiver condições clínicas estáveis, é feita a alimentação enteral mínima, com pequenas quantidades de leite materno, acompanhando o início do funcionamento do intestino e aumentando a quantidade de leite aos poucos.
Fontes do conteúdo: Profº Dr. Antonio Fernandes Moron
Ginecologista e Obstetra, Mestre e Doutor em Medicina pela UNIFESP.
Coordenador do Departamento de Medicina Fetal do Hospital e Maternidade Santa Joana.
Dra Filomena Bernardes de Mello
Neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana