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Complicações no pós-parto

8 de setembro de 2025

Complicações no pós-parto

O puerpério, que dura de 45 a 60 dias após o parto, costuma ser um período de grandes transformações para a família com a chegada do novo bebê. Não só a dinâmica familiar ganha outros contornos, como ocorrem mudanças físicas e emocionais para a mulher, incluindo possíveis complicações no pós-parto.

Se, por um lado, há sintomas corriqueiros, como dor perineal, desconforto abdominal, sangramento vaginal e desconforto nas mamas, por outro lado podem ocorrer complicações no pós-parto que acendem um alerta, como hemorragias, infecções, tromboembolismo venoso, problemas urinários e intestinais, ansiedade e depressão.

É preciso diferenciar os sintomas comuns do puerpério das complicações, pois às vezes é necessário um tratamento especializado. Preste atenção em caso de dor para urinar, sangramento vaginal aumentado, dor na região da laceração ou episiotomia que não melhora com analgésico ou dor e vermelhidão na mama que pode indicar mastite.

Complicações emocionais no puerpério

O Baby Blues, que geralmente acontece nas duas primeiras semanas após o parto, é uma sensação de tristeza comum nas puérperas. É uma situação que melhora gradativamente, sem a necessidade de tratamento.

Porém, quando há sintomas persistentes e intensos de tristeza e sentimento de impotência, este pode ser um sinal de alerta para a depressão pós-parto. Muitas vezes, a mulher se sente emocionalmente ausente e com dificuldade de se ligar ao bebê, e precisa de ajuda profissional.

Outras complicações emocionais no puerpério incluem a ansiedade, que pode ser excessiva e persistente, afetando a qualidade de vida e às vezes mascarando um quadro depressivo; e a psicose pós-parto, na qual a mulher pode se sentir ameaçada, perseguida e apresentar delírios. Em todos estes casos, é muito importante procurar um profissional de saúde.

Leia também: Baby blues e depressão pós-parto: entenda a diferença

Complicações físicas no puerpério

A complicação mais comum é a hemorragia pós-parto, causada principalmente por atonia uterina, ou seja, quando a contração do útero não é suficiente para controlar o sangramento natural pela saída da placenta. Há também outros fatores de risco, como bebê com peso acima de 4kg, gestação gemelar, multiparidade (quando a mulher já teve duas ou mais gestações), acretismo placentário, alterações na coagulação do sangue, entre outras.

A equipe de saúde deve estar preparada para administrar medicamentos para estimular a contração uterina, realizar uma transfusão de sangue e, eventualmente, uma abordagem cirúrgica.

As infecções, que podem ocorrer no local da episiotomia ou laceração, ou ainda na cicatriz da cesárea, também são complicações no puerpério. Os locais infeccionados podem ficar avermelhados, doloridos e inchados. No caso da mastite, ocorre dor e vermelhidão na mama. Há também a infecção do útero, mais rara, que causa dor, febre, sangramento e secreção vaginal com forte odor. Mais comum é a infecção urinária, onde ocorre dor ao urinar, febre e dor lombar. Todos estes casos precisam de avaliação médica e são tratados com antibióticos.

Outra possível complicação no pós-parto é o tromboembolismo venoso (TEV), condição em que coágulos se formam nas veias, prejudicando o fluxo sanguíneo. Nos casos de trombose venosa profunda (TVP), o coágulo atinge uma veia profunda, geralmente na perna. O principal sintoma é dor na panturrilha e o tratamento geralmente é feito com medicamento anticoagulante.

Leia também: Sepse em gestantes e puérperas: o que fazemos para afastar o perigo?

Como evitar complicações no pós-parto

Para evitar todas essas complicações, é importante ter um acompanhamento próximo de profissionais de saúde e uma rede de apoio que ajude a identificar os sinais de alerta, especialmente aqueles emocionais.

Não deixe de falar com o médico caso note alguma anormalidade ou procurar o pronto atendimento do hospital.

Leia a matéria completa aqui.

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