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Zika vírus – Foco principal: prevenir-se contra a picada do mosquito

20 de abril de 2016

Zika vírus – Foco principal: prevenir-se contra a picada do mosquito

Desde que o aumento de casos de microcefalia começou a ser registrado no Brasil, a preocupação de gestantes, mães de bebês e mulheres que pretendem engravidar cresceu na mesma proporção. Diante de muitas dúvidas surgidas desde então, uma providência deve ser prioridade: evitar a picada do mosquito Aedes aegypt, que transmite o zika vírus.
Esse mosquito já era conhecido da população por transmitir a dengue e a febre chikungunya, e aqui já costuma surgir uma dúvida frequente: como diferenciar as três doenças? “Em geral, a infecção pelo zika costuma provocar mais coceira, além de conjuntivite e de dores nas articulações. No entanto, só o exame de laboratório pode confirmar”, explica a infectologista Dra. Rosana Richtmann.
E o exame, em si, é outra dificuldade, por ainda ser raro nas instituições médicas, tanto públicas quanto particulares. A médica chama atenção para o fato de que poucos casos de microcefalia foram efetivamente comprovados como consequência do zika vírus, justamente pela dificuldade em se fazer o diagnóstico.
Há outra questão a ser considerada nessa etapa de detecção do vírus. Supondo que a paciente – uma mulher grávida, por exemplo – tenha tido um quadro de coceira associada a conjuntivite, no início da gestação, não adianta fazer o exame muitas semanas depois. Isso porque o tempo de incubação desse tipo de virose é de dois a doze dias depois da picada. “O resultado do exame será negativo, mas não é possível afirmar que ela não teve uma infecção por zika vírus, com os exames disponíveis hoje”, diz Dra. Rosana.
Ainda na questão do diagnóstico laboratorial e da dificuldade em detectar a presença do vírus no sangue, uma alternativa é pesquisar a presença do zika na urina. Dra. Rosana acredita que, no futuro próximo, o acesso à sorologia para o zika vírus será maior.
“Os estudos estão evoluindo e o panorama deve melhorar bastante, com a pesquisa de anticorpos contra o zika vírus”, completa a infectologista. Por enquanto, ainda é difícil ter certeza se um paciente teve mesmo a infecção pelo zika e também afirmar de forma categórica que alguns casos de microcefalia sejam consequência dessa infecção.
Então, o que fazer?
A medida mais efetiva é evitar a picada do mosquito Aedes aegypt. Tudo o que já se orientava no sentido de evitar dengue e febre chikungunya continua válido para ficar longe do risco: evitar acumular água limpa para não formar criadouros, usar roupas de mangas compridas e calçados fechados, além de aplicar repelentes. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma lista com os repelentes aprovados.
Também deve estar na lista de medidas preventivas: preferir roupas claras, evitar perfumes e aplicar repelentes também em pacientes que tenham os sintomas. “É sempre importante lembrar que o mosquito só vai se infectar se picar alguém que está infectado”, alerta Dra. Rosana.
Outra dúvida bastante comum: existe chance de contrair o zika vírus por outra via que não seja a picada? Segundo Dra. Rosana, há relatos de transmissão possível por relação sexual. Todos sugerem que, se o marido tiver um quadro clínico semelhante ao da infecção pelo zika, o contato sexual sem proteção deve ser evitado por toda a gestação, utilizando preservativo por no mínimo seis meses.
E a amamentação? Se a paciente teve zika, não só pode como deve amamentar, pois assim estará transmitindo anticorpos ao bebê. No caso de mulheres que tenham tido bebê e estejam com quadro agudo de zika, deve-se discutir com seu médico a continuidade da amamentação no período da doença aguda.

Resp. Técnico: Dr. Eduardo Rahme Amaro. CRM: 31624

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