Prematuros: uma das especialidades do Santa Joana
Criança que nasce antes da hora pode apresentar baixo peso e maior risco de adquirir doenças. O portal bebe.com preparou um especial sobre o tema e entrevistou o neonatologista Renato Kfouri, do Hospital e Maternidade Santa Joana:
1. Quando um bebê é considerado prematuro?
“As crianças que nascem antes de completar 37 semanas são consideradas prematuras”, explica Renato Kfouri, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, de São Paulo. “Há os pouco prematuros – 36 semanas de gestação, em média – e os extremos prematuros – aqueles com 22 semanas. Todas as complicações e taxas de sobrevida estão relacionadas a quão prematura é essa criança”, explica Kfouri. Vale lembrar que uma gestação normal e completa dura nove meses, ou 40 semanas.
2. O que faz um bebê nascer prematuramente?
Existem muitos motivos que fazem um bebê nascer antes do tempo. Renato Kfouri, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, explica que o parto pode ser antecipado quando a criança tem problemas de má-formação ou de infecções, adquiridas da mãe. Doenças na gestante, como hipertensão, diabete ou infecções, também podem levar a um parto prematuro. Entram nessa lista ainda pequenos que estão com dificuldade de nutrição por causa de uma placenta malformada. “Além disso, nas gestações múltiplas, a tendência de não completar os noves meses também é grande”, diz Kfouri.
3. O número de partos prematuros é maior hoje?
Sim. Há o crescente aumento de partos prematuros por uma série de motivos. A gravidez na adolescência é um deles. O corpo de uma adolescente ainda não está bem formado e, às vezes, não consegue levar a gestação até o fim. A gravidez de gêmeos, por causa das fertilizações in vitro, é outra razão. E mães tendo filhos mais tarde. É cada vez mais comum mulheres que adiam a maternidade para se dedicar, primeiro, à carreira. Atualmente, cerca de 6% das gestações no Brasil terminam antes do tempo.
4. O número de consultas no pré-natal também aumentou nos últimos anos?
Sim. Renato Kfouri, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, conta que as gestantes brasileiras fazem, em média, seis consultas pré-natais. Esse número é um progresso, já que há alguns anos a média era três ou quatros consultas. No entanto, a ida mais frequente da grávida ao obstetra fez com que a quantidade de partos prematuros também aumentasse. Isso porque o diagnóstico de problemas, que podem colocar em risco a vida da mãe ou do bebê, também aumentou.
5. Hoje, a chance de um bebê prematuro sobreviver é maior?
Sim. Nas últimas duas décadas, graças à tecnologia e aos novos medicamentos, muito mais prematuros estão terminando seu desenvolvimento fora do útero com sucesso.
6. Quais são os problemas mais comuns depois que o bebê nasce?
Ainda no berçário, os problemas mais comuns são os relacionados com a imaturidade: do intestino, dos rins, do coração, do sistema de defesas do corpo (imunológico) e dos pulmões. A criança não consegue, por exemplo, respirar sozinha ou mesmo sugar o leite. Tudo é feito com a ajuda de aparelhos. O bebê só vai para casa depois que estiver igual ou próximo de um recém-nascido não prematuro.
A reportagem completa está em: http://bebe.abril.com.br/materia/19-questoes-sobre-bebes-prematuros