Morte materna evitada: leia relato de hemorragia e paradas cardíacas pós-parto de gêmeos
A médica Flávia Costa Soares deu à luz os gêmeos Maria Luiza e Pedro em dezembro do ano passado. Após o parto, quando estava em observação, começou a tremer, sentir frio e enjoo. A equipe médica constatou atonia uterina, que é a incapacidade de contração do útero. Além da hemorragia, Flávia teve três paradas cardíacas. Se não tivesse a intervenção correta, poderia ter morrido ou ficado com sequelas.
O site VivaBem, do UOL, contou a história de Flávia, paciente do Hospital e Maternidade Santa Joana. A reportagem falou sobre os protocolos de assistência e outros pilares importantes para evitar a mortalidade materna: educação de profissionais, estrutura e parceiros de prontidão, como banco de sangue e laboratório.
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O pré-natal é essencial para detectar uma situação de risco e fazer o acompanhamento correto. No caso de Flávia, ela foi diagnosticada com hipotireoidismo no terceiro trimestre.
Como sua gestação era de gêmeos, a equipe médica já estava preparada, antes do parto, para agir em caso de hemorragia, já que estudos indicam que gestações múltiplas são um dos fatores de risco. O protocolo indicava seu tipo sanguíneo, idade gestacional, motivo do parto antecipado e últimos exames.
“Quanto antes você decretar intervenção ou fazer o cuidado chegar corretamente, melhor é o prognóstico e, muitas vezes, você evita uma tragédia”, disse a Dra. Mônica Maria Siaulys, diretora médica do Grupo Santa Joana. “Pelo útero, passa meio litro de sangue por minuto. Uma grávida tem em torno de sete litros de sangue. Quando ela tem uma hemorragia, se você não fizer nada em quatro ou cinco minutos, ela já morreu”, completou a Dra. Mônica.
Saiba o que fazemos para evitar a mortalidade materna.
A paciente Flávia precisou de 15 dias em UTI e mais quatro em semi-intensiva antes de ter alta. Hoje está bem, em casa, com seus gêmeos.
Mas nem todas as mortes são evitadas: em 2020, quase 800 mulheres morreram por dia de causas evitáveis relacionadas à gravidez e ao parto, segundo a OMS.
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