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Mielomeningocele: tudo o que você precisa saber sobre essa malformação

23 de fevereiro de 2023

Mielomeningocele: tudo o que você precisa saber sobre essa malformação

Já ouviu falar sobre mielomeningocele e ficou curioso para entender melhor o que é? Quais são os desafios que essa condição pode trazer para a vida dos bebês e suas famílias? E como lidar com essa malformação congênita que afeta a coluna vertebral e a medula espinhal? 

Essas são dúvidas comuns quando o assunto é mielomeningocele, especialmente porque muitas vezes o diagnóstico acontece ainda durante a gravidez.

Por isso, hoje vamos mergulhar no universo da mielomeningocele e desvendar suas causas, fatores de risco e as opções de tratamento disponíveis. 

Você terá acesso a informações essenciais que vão ajudá-lo a entender melhor essa condição e a buscar o melhor cuidado possível.  

O que é Mielomeningocele?

A mielomeningocele é uma condição que acontece ainda na barriga da mãe, enquanto o bebê está se formando. É como se a coluna do bebê não conseguisse fechar direitinho, e isso faz com que um pedacinho da medula espinhal fique para fora do corpo.

Geralmente, essa situação acontece na parte de baixo das costas. Pode parecer um caroço ou um saquinho, e em alguns casos, dá para ver porque não tem pele cobrindo. Essa condição pode trazer algumas dificuldades. 

Muitas crianças com mielomeningocele têm problemas para mexer as pernas. Algumas vezes, as pernas ficam mais fracas ou até paralisadas, o que pode dificultar andar ou se movimentar.

Além das questões físicas, há também os desafios emocionais. Tanto a criança quanto a família podem precisar de apoio para lidar com tudo isso. Por isso, ter o acompanhamento de profissionais de saúde é muito importante. Eles ajudam a dar orientações certas e fazem tratamentos que podem melhorar a qualidade de vida da criança.

Por exemplo, fisioterapia pode ser uma aliada importante para ajudar no desenvolvimento motor. Além disso, o apoio psicológico pode fazer toda a diferença, ajudando a criança a ganhar confiança e a se sentir bem no dia a dia.

O mais importante é lembrar que, mesmo com desafios, crianças com mielomeningocele podem ter uma vida cheia de possibilidades. Com amor, cuidados e as orientações certas, elas podem se desenvolver de forma plena e alcançar muitos sonhos.

Quais são as causas e fatores de risco?

A mielomeningocele é uma condição de saúde que merece atenção e cuidado, especialmente para quem está planejando ter filhos. Existem vários fatores que podem aumentar o risco de mielomeningocele. Conhecê-los é um passo importante para a prevenção. 

Fatores Genéticos

A genética pode influenciar o risco de mielomeningocele. Se alguém na família já teve essa condição, o risco pode ser maior para os próximos filhos.

Deficiência de Ácido Fólico

O ácido fólico é essencial durante a gravidez. A falta desse nutriente pode aumentar o risco de problemas como a mielomeningocele. É fundamental que as futuras mamães tomem suplementos de ácido fólico, especialmente antes e durante os primeiros meses de gravidez.

Exposição a Substâncias Tóxicas

Produtos químicos, como pesticidas, podem aumentar o risco. É importante evitar o contato com essas substâncias durante a gravidez.

Condições Médicas da Mãe

Doenças como diabetes e obesidade precisam ser controladas. Essas condições podem afetar o desenvolvimento do bebê.

Idade da Mãe

Mulheres com mais de 35 anos têm um risco maior de ter bebês com problemas congênitos. Isso pode estar relacionado a fatores que se acumulam com a idade.

Para garantir uma gravidez segura e saudável, é vital que as futuras mamães façam acompanhamento médico regular. Esses cuidados ajudam a monitorar e reduzir os riscos associados à mielomeningocele. 

Além disso, informações e orientações de profissionais de saúde podem fazer toda a diferença para a saúde do bebê e da mãe durante a gestação.

Como é realizado o diagnóstico?

Detectar a mielomeningocele precocemente é essencial para planejar o tratamento e cuidar da saúde do bebê. Aqui estão algumas maneiras comuns de diagnóstico que os médicos usam:

Ultrassom

Durante a gravidez, é comum realizar um ultrassom entre 18 e 20 semanas. Esse exame é crucial para visualizar a coluna do bebê e verificar se há alguma anomalia, como a mielomeningocele.

Exame de sangue

Um teste simples de sangue pode medir a quantidade de uma proteína chamada alfa-fetoproteína (AFP) na mãe. Níveis altos podem indicar um risco de problemas no tubo neural do bebê.

Ressonância magnética

Após o nascimento, esse exame permite ver em detalhes como está a medula espinhal. Ele ajuda os médicos a entenderem a extensão da condição e a planejarem o tratamento adequado.

Quais são os principais fatores de risco da mielomeningocele?

Primeiramente, cabe ressaltar que as causas da mielomeningocele não são conhecidas até o momento. Por outro lado, há evidências médicas que apontam os seguintes fatores de risco materno ligados à malformação. São eles:

  • História familiar ou gestação anterior com espinha bífida;
  • Deficiência do ácido fólico (vitamina do complexo B);
  • Diabetes não controlado;
  • Obesidade;
  • Febre no início da gravidez;
  • Uso de certos medicamentos convulsivantes.

O ácido fólico desempenha um papel fundamental na prevenção de malformações, como a mielomeningocele. Por isso, precisa ser suplementado pela mulher por um período de três meses antes de engravidar até o final do primeiro trimestre da gestação.

Quais são as opções de Tratamento?

Depois de diagnosticada, a mielomeningocele pode ser tratada de várias formas. O tratamento depende muito das necessidades específicas de cada criança, mas as opções têm melhorado bastante com o tempo. 

Cirurgia

Geralmente é o primeiro passo. A cirurgia visa fechar a malformação e proteger a medula espinhal. Quanto mais cedo for feita, melhor para evitar danos permanentes.

Intervenção precoce

Programas que incluem fisioterapia e terapia ocupacional são fundamentais. Eles ajudam a criança a desenvolver habilidades motoras e sociais, promovendo sua independência.

Acompanhamento médico

O tratamento não termina com a cirurgia. Consultas regulares com especialistas, como neurologistas e fisioterapeutas, são essenciais. Elas garantem que o tratamento seja ajustado conforme a criança cresce e suas necessidades mudam.

Com os avanços da medicina, crianças com mielomeningocele têm cada vez mais chances de viver bem e de forma ativa. O apoio certo faz toda a diferença, permitindo que superem desafios e tenham uma vida plena.

Mas o que a mielomeningocele pode causar?

Até aqui, você já viu que a mielomeningocele pode causar sérias consequências ao bebê. No entanto, a gravidade das sequelas depende da localização e da extensão da lesão, pois, em geral, os problemas ocorrem do local da anomalia para baixo.

Então, quanto mais acima na coluna está a malformação (região cervical ou torácica, por exemplo), maior o impacto nas funções motoras e sensoriais.

Outra possível consequência da mielomeningocele é a meningite, que pode deixar sequelas neurológicas ou levar à morte da criança, sobretudo nos casos mais graves. Logo adiante, confira as sequelas da mielomeningocele e o que essa condição pode causar:

  • Problemas ortopédicos (displasia de quadril, desvios de coluna, atrofia e anomalias dos membros inferiores);
  • Problemas neurológicos abaixo do local da malformação (perda de tônus muscular e de sensibilidade, paralisia);
  • Disfunções urinárias e intestinais (incontinência);
  • Hidrocefalia (acúmulo de líquido cefalorraquidiano dentro do crânio);
  • Malformação de Chiari II (parte do cerebelo — uma das estruturas cerebrais — “escorrega” para dentro do canal da medula na região cervical);
  • Medula presa (a parte final da medula fica aderida à coluna vertebral, na região lombar);
  • Alergia ao látex;
  • Dificuldades cognitivas e de aprendizagem (normalmente, estão associadas aos quadros de hidrocefalia).

O Hospital e Maternidade Santa Joana está com você em todos os momentos

Aprender sobre mielomeningocele é um passo importante para quem busca oferecer o melhor suporte a bebês e famílias afetadas por essa condição. Entender essa malformação congênita pode fazer toda a diferença na hora de buscar o tratamento e o cuidado adequados.

Com o suporte do Hospital e Maternidade Santa Joana, é possível ter  acesso a cuidados de alta qualidade. Profissionais experientes e tecnologias avançadas garantem que mães e bebês recebam a atenção e o tratamento necessário em cada etapa do caminho.

Agora que você sabe mais sobre o assunto, aprenda mais conteúdos como este em nosso blog!

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