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Bebê sentado na hora do parto: e agora?

14 de maio de 2024

Bebê sentado na hora do parto: e agora?

É chamado de parto pélvico quando o bebê não virou de cabeça para baixo, fazendo com que as pernas ou o bumbum saiam primeiro. Este foi o tema de reportagem da revista Crescer, que conversou com o médico Dr. Leandro Gustavo de Oliveira, obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana, sobre o parto do bebê sentado.

Normalmente, o bebê vira de cabeça para baixo até as 34 semanas de gestação, mas alguns não fazem essa movimentação. Isso acontece, geralmente, por causa de mudanças no útero, como líquido amniótico insuficiente ou em excesso, placenta prévia, mioma uterino grande, cordão enrolado no pescoço, gestações gemelares, entre outros fatores.

“É possível saber se o bebê está sentado tanto pela apalpação da barriga quanto pelo exame de toque vaginal. Para ter certeza absoluta é preciso fazer um ultrassom”, explicou o Dr. Leandro.

Leia também: Bebê encaixado é sinal de parto normal? O que você precisa saber

É possível fazer o parto com o bebê sentado?

“É bastante incomum, apenas cerca de 3% dos bebês ficam em posição pélvica no final da gestação”, explica o Dr. Leandro. É possível realizar o parto vaginal com o bebê sentado, mas são necessários cuidados extras, pois a posição apresenta mais dificuldades.

“Geralmente não indicamos que gestantes que nunca tiveram um parto normal realizem o parto pélvico, pois é mais arriscado”, explica o médico. Além disso, não pode haver uma condição médica que contraindique o parto vaginal e nem se deve induzir um trabalho de parto pélvico. A reportagem listou alguns critérios para o parto pélvico:

  • Peso adequado do bebê;
  • Placenta no lugar adequado (não pode ocorrer placenta prévia, por exemplo);
  • Bebê não pode ter nenhuma anomalia;
  • Cordão umbilical deve ser visível no ultrassom;
  • O ideal é que o bebê esteja sentado de pernas cruzadas.

E claro, a gestante deve estar acompanhada de uma equipe qualificada e com experiência com parto pélvico, e em ambiente hospitalar, para garantir os cuidados necessários se ocorrer uma complicação.

“Ele é conhecido como o parto das dificuldades crescentes, pois é mais difícil para o bebê liberar o toráx, a cintura, o abdômen e depois a cabeça. No parto cefálico ele já começa com a parte mais difícil. Por isso, a equipe precisa agir caso ele não consiga nascer sozinho”, explicou o Dr. Leandro, reforçando a importância da assistência de uma equipe experiente.

A reportagem explicou, ainda, quais técnicas podem ser utilizadas no parto do bebê sentado e como é feita a versão cefálica externa (VCE), uma manobra realizada por médicos para virar o bebê.

Leia a reportagem completa aqui.

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