Cardiotocografia é um exame simples e indolor feito durante a gestação para avaliar o bem-estar do bebê, monitorando seus batimentos cardíacos e as contrações uterinas da mãe.
Pode ser realizado a partir da 28ª semana, quando houver indicação. Especialmente em gestações de risco, o exame ajuda a detectar sinais precoces de sofrimento fetal e orientar decisões médicas seguras.
Para que serve a Cardiotocografia
A cardiotocografia tem como principal função avaliar a frequência cardíaca fetal e verificar se o bebê está reagindo de forma adequada aos estímulos naturais ou contrações uterinas.
Também é usada para:
- Monitorar o trabalho de parto
Avaliar a oxigenação fetal - Identificar taquicardias ou bradicardias
- Detectar alterações provocadas por contrações excessivas (hipersistolia)
- Confirmar se a placenta está funcionando corretamente
Ela pode ser classificada como cardiotocografia anteparto (realizada fora do trabalho de parto) ou intraparto (durante o parto), sendo fundamental para o acompanhamento de gestações de alto risco ou partos prolongados.
Características do exame
A cardiotocografia é feita com a gestante deitada ou semi-reclinada. Dois sensores são colocados sobre o abdômen da mãe, fixados por cintas elásticas:
- Um sensor capta os batimentos cardíacos do feto
- O outro registra as contrações do útero
O exame dura entre 20 e 40 minutos, e os dados são registrados em um gráfico com duas linhas: uma para a frequência cardíaca e outra para as contrações.
Os resultados são analisados em tempo real ou posteriormente, conforme o contexto.
Importância do diagnóstico por meio da Cardiotocografia
A cardiotocografia é essencial para detectar precocemente sinais de sofrimento fetal, como desaceleração dos batimentos cardíacos ou padrão não reativo.
O diagnóstico rápido permite:
- Antecipar a necessidade de uma cesariana
- Realizar intervenções de emergência
- Garantir a segurança do bebê em situações críticas
A interpretação correta dos resultados deve ser feita por profissionais capacitados, que irão correlacionar o exame com outros fatores clínicos, como movimentação fetal, idade gestacional e histórico materno.
Quando o exame é indicado
Embora muitas gestantes façam a cardiotocografia apenas no final da gravidez, ela pode ser indicada em diversos momentos:
- Gestação com risco de pré-eclâmpsia, diabetes ou restrição de crescimento fetal
- Redução dos movimentos do bebê
- Gestação pós-termo (acima de 40 semanas)
- Após procedimentos como versão cefálica externa
Durante a indução ou trabalho de parto prolongado
Pode prevenir complicações?
Sim. A cardiotocografia não previne diretamente complicações, mas permite identificá-las com antecedência, aumentando as chances de uma intervenção bem-sucedida.
Ao detectar padrões anormais, os médicos podem agir rapidamente e evitar problemas como asfixia fetal, morte intrauterina ou sofrimento prolongado durante o parto.
Cuidados e orientações para o exame
- A gestante deve estar em repouso no momento do exame
- É importante estar alimentada para melhorar a resposta fetal
- Evite movimentos excessivos durante o exame para garantir resultados mais precisos
- Relate ao profissional se sentir diminuição dos movimentos do bebê
A cardiotocografia é segura e não oferece riscos à gestante ou ao bebê. Pode ser repetida quantas vezes forem necessárias.
A cardiotocografia é uma ferramenta fundamental no acompanhamento da saúde fetal, especialmente em gestações de risco ou no trabalho de parto.
Sua realização pode fazer toda a diferença na tomada de decisões médicas, contribuindo para um parto mais seguro e para o bem-estar do bebê.
Manter o pré-natal em dia, seguir as orientações médicas e compreender a importância de exames como esse são atitudes essenciais para uma gestação tranquila e protegida.