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Vida do prematuro após a alta: 3 orientações importantes

19 de novembro de 2019

Vida do prematuro após a alta: 3 orientações importantes

A prematuridade é o nascimento do bebê antes do tempo previsto, quando ainda não está “pronto” para nascer. O acompanhamento pré-natal é necessário justamente para conhecer complicações que possam estimular o nascimento pré-termo.

Após o nascimento precoce de um bebê, ele normalmente permanece dias ou semanas na unidade de terapia intensiva neonatal até o tão esperado dia da alta!

Durante sua internação, os pais vão fazendo parte do cuidado do bebê prematuro e recebem várias orientações até a alta. Mas, mesmo com todos esses cuidados, a preocupação da família em torno do bebê é algo comum após a alta.

E essa preocupação é natural. Um bebê prematuro exige mais cuidados, principalmente, quando ele tem menos de 28 semanas. Quanto mais jovem é a criança, mais cuidados serão necessários.

Baixe gratuitamente o nosso infográfico sobre quais são as classificações do bebê prematuro. 

Se seu bebê nasceu antes do esperado, não se preocupe. Neste post, vamos esclarecer algumas dúvidas sobre a prematuridade e a vida do prematuro após a alta. Continue a leitura:

Quando o bebê costuma ter alta?

Um bebê prematuro costuma ser atendido por uma equipe multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos e fisioterapeutas, entre outros profissionais. Cada um deles analisa diversos aspectos fisiológicos, mecânicos e psicomotores antes de liberar o neonato para casa. Ou seja, assim que todas as avaliações forem feitas e todos estejam seguros sobre a saúde do prematuro, é dada a alta.

Para que os cuidados do prematuro após a alta sejam adequados, a equipe entregará aos responsáveis:

• o resumo de alta;
• a carteira de vacinação;
• uma receita médica com os remédios que deverão ser ministrados à criança;
• encaminhamentos dos especialistas que irão acompanhar o bebê após a alta.

Quais cuidados ter com o prematuro após a alta?

Muitos pais têm medo de levar o prematuro para casa após a alta. É normal que haja insegurança sobre o que fazer depois, nos cuidados do dia a dia com o bebê, de não dar conta ou não saber reconhecer um problema em casa. Afinal, os cuidados são maiores nesse caso. Confira algumas dicas:

1. Mantenha o acompanhamento com especialistas

O comprometimento com a saúde de um recém-nascido deve ser priorizado, já que o sistema imunológico da criança ainda não está amadurecido. Quando é um prematuro, esse cuidado se redobra. Nesse sentido, é imprescindível o acompanhamento de especialistas, como:

  • Pediatra;
  • Neurologista;
  • Oftalmologista;
  • Fisioterapeuta;
  • Fonoaudiólogo.

Não se esqueça da vacinação. As vacinas essenciais para ao prematuro após a alta são:

  • BCG;
  • Hepatite B;
  • Tríplice bacteriana (difteria, tétano, coqueluche) DTPa;
  • Pneumocócica conjugada;
  • Poliomielite;
  • Rotavírus;
  • Haemophilus influenzae tipo b;
  • Profilaxia do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) no período do outono e inverno.

2. Esteja em contato com o bebê

Durante o tempo na UTIN (Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal), incentiva-se a prática do Método Canguru, em que, de forma gradativa, a criança é colocada em contato pele a pele com os pais. Essa técnica traz diversos benefícios:

  • estabiliza o batimento cardíaco, a oxigenação e a temperatura corporal;
  • auxilia no desenvolvimento físico, emocional e cerebral da criança;
  • diminuição das pausas respiratórias durante o sono;
  • estimula a produção de leite.

Saiba aqui sobre a humanização na UTIN. 

Na vida do prematuro após a alta, esse contato entre pais e filho não pode diminuir. Cada responsável deve auxiliar nos cuidados do bebê (individual ou coletivamente), como banho e troca de fraldas. Além de recordações para a vida toda, esses momentos servirão para aumentar o vínculo com a criança e diminuir a insegurança com a nova rotina.

A mãe ainda tem a vantagem da amamentação, que fortalece o sistema imunológico da criança e também diminui os riscos de câncer de mama, de ovário e de útero na mulher.

  • Os banhos devem ser rápidos, já que a pele do recém-nascido é extremamente sensível. Coloque a banheira em local com temperatura agradável, mas sem correntes de ar. O ideal é usar um sabonete neutro, que não altera o pH da pele, e fazer a limpeza suavemente.
  • Já a troca de fraldas deve ser feita a cada 2 ou 3 horas, com cuidado para que o períneo (região que compreende a genitália e o ânus) não entre em contato com urina e fezes. Faça a limpeza com algodão/gaze embebida com sabonete neutro ou lenços umedecidos. Depois, use um creme de barreira para proteger a pele.

3. Atenção à nutrição

O prematuro nasce antes de completar seu pleno desenvolvimento no útero. Com isso, seus órgãos ainda têm limitações para o pleno funcionamento, inclusive os do sistema gastrointestinal. Para que a criança mais fragilizada receba todos os nutrientes sem que tenha que fazer esforço físico, é normal receber nutrição parenteral diretamente na veia e assim que possível iniciar com leite materno.

Essa nutrição infundida também é importante porque a criança só aprende a sugar e deglutir o leite coordenando com a respiração. Quando ele nasce antes, é necessário complementar sua alimentação.

Para que a adaptação do prematuro após a alta seja mais tranquila, a mãe deve acostumar a criança a sugar quando as mamas estiverem vazias, ou seja, após a retirada do leite para a alimentação com sonda.

Mesmo que a criança demore a se acostumar, é essencial que a mãe não desista da amamentação, que deve ser o meio exclusivo de alimentação da criança nos primeiros seis meses. Para saber se a criança está se nutrindo devidamente, não se esqueça das consultas. O médico será capaz de avaliar se o peso está correto e se a criança está se desenvolvendo conforme o esperado.

 

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Resp. Técnico: Dr. Eduardo Rahme Amaro. CRM: 31624

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