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Asma: uma doença de difícil diagnóstico em bebês

3 de janeiro de 2013

Asma: uma doença de difícil diagnóstico em bebês

*Imagem meramente ilustrativa. A pessoa da imagem não é um paciente do Hospital e Maternidade Santa Joana.


O famoso chiado no peito, que muitas vezes pode ser asma, é o pesadelo da maioria das mamães, que pensem que seu filho nunca mais terá uma vida normal e precisará lutar contra a doença crônica. A boa notícia é que a asma pode ser controlada.
O chiado no peito é um sintoma frequente em lactentes e crianças pequenas. Segundo estimativas, cerca de 50% das crianças nessa faixa etária apresentará, em algum momento, pelo menos um episódio de sibilância. Contudo, nem sempre o chiado no peito é indicativo de asma, pois pode estar relacionado a outras doenças respiratórias.
A asma é a doença crônica mais comum na infância. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta em média 10% das crianças em todo o mundo. Há três grupos definidos de pacientes infantis asmáticos. Os chiadores transitórios apresentam sibilância apenas nos primeiros anos de vida, geralmente associados a infecções virais. Os chiadores persistentes iniciam as crises no primeiro ano e mantêm os sintomas pelo menos até a idade escolar. Já os tardios apresentam chiado em geral após os três primeiros anos de vida, sendo que o sintoma pode estar relacionado a episódios virais agudos.
A asma só pode ser confirmada se a sibilância for recorrente e estiver associada a níveis elevados de IgE específica a determinados alérgenos. A IgE é imunoglobulina responsável pela reação alérgica. A asma na infância é diferente da forma adulta e exige uma abordagem especial. Os pulmões das crianças ainda estão em desenvolvimento, seu sistema imunológico ainda é imaturo e suas vias aéreas são menores e ficam obstruídas com maior facilidade.
De acordo com estimativas, apenas 8% das crianças seguem o tratamento com corticóides inalatórios após um ano por causa da dificuldade de administração – os pequenos rejeitam as máscaras de inalação. Por isso, uma alternativa são os antagonistas de leucotrieno. O montelucaste de sódio, por exemplo, está aprovado para bebês a partir de seis meses e pode ser administrado misturado à alimentação.
 
 
 
 

Resp. Técnico: Dr. Eduardo Rahme Amaro. CRM: 31624

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