O passo a passo do pré-natal
A maioria das gestantes tem consciência da importância de um pré-natal bem feito. Algumas, no entanto, acham que as visitas ao obstetra não precisam ser tão rígidas e, por conta disso, relaxam exatamente no momento em que deveriam dar extrema atenção ao seu corpo, aos sinais que ele dá e aos movimentos do bebê. Luiz Fernando Leite, obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana, explica que as visitas periódicas ao obstetra são importantes para monitorar, minimizar ou controlar problemas característicos dessa fase.
De acordo com o médico, o primeiro passo é planejar a gestação. É importante atentar à saúde da mulher e a fatores como peso, alimentação e hábitos. “Uma vida regrada e saudável diminui as chances de aparecimento de doenças típicas da gestação. Outro ponto a ser observado é o histórico pessoal e familiar de hipertensão ou diabetes, por exemplo. Isso pode ser determinante para um pré-natal eficiente”, explica.
O segundo passo é fazer o acompanhamento correto seguindo a periodicidade recomendada pelo obstetra. “Consultas regulares minimizam os problemas. O ideal é que essas visitas aconteçam mensalmente até o sétimo mês de gestação, passando a ser quinzenais no oitavo e semanais no nono mês”, afirma Leite.
Durante as consultas são analisadas as condições físicas e clínicas da gestante e do bebê por meio de exames que indicarão quais deverão ser os cuidados pré-natais, bem como o controle de eventuais problemas que podem surgir no decorrer da gestação. Se você está pensando em engravidar ou é gestante de primeira viagem, listamos os principais exames que devem ser feitos, de acordo com a fase da gestação:
– Primeira consulta – com o resultado do exame de sangue para a confirmação da gravidez em mãos, o especialista pedirá:
Ultrassom transvaginal (se o atraso da menstruação já estiver por volta de 6 a 7 semanas): avalia se o embrião está implantado adequadamente no útero, qual o tempo da gravidez, se é gemelar e se é ectópica, ou seja, ocorre nas trompas;
Hemograma completo: checa os níveis de globulina e a necessidade de reposição de vitaminas;
Tipagem sanguínea para fator RH: identifica se mãe possui RH negativo;
Glicemia: aponta se a mulher é diabética;
Sorologia para rubéola, toxoplasmose, HIV, sífilis e hepatites A e B: se identificadas, estas doenças podem resultar em malformações fetais;
Urina tipo 1: investiga infecções e doenças renais;
Parasitológico de fezes (exame de rotina);
Papanicolau, se mulher realizou há mais de um ano.
Amanhã, os exames do primeiro, segundo e terceiro trimestres da gestação. Não perca!