Meu filho é birrento demais. O que eu faço?
Nada é mais constrangedor para uma mãe ou um pai do que uma criança birrenta, que se joga no chão, esperneia, grita, chora de maneira forçada e “dá um show” até conseguir o que quer. A solução não envolve gritos, puxões de orelha ou palmadas, mas sim firmeza e autoridade, desenvolvidas a médio prazo.
Enquanto as crianças não sabem lidar com o “não”, só os pais podem tomar uma atitude capaz de melhorar a situação. Por isso, o importante é não perder o controle e ser firme, mas também acolhedor. Assim que a criança começa a fazer uma cena dramática no shopping ou no parque, é melhor segurar as rédeas da situação do que entrar na mesma dança. Pais que perdem o controle podem assustar ainda mais a criança e tornar a birra ainda pior.
Outro aspecto crucial é não ceder aos apelos da criança e manter a palavra. Os pais devem dar exemplos: sair batendo porta dentro de casa não é um deles. Quanto mais atenção os pais derem à birra do filho, pior será o comportamento dele.
O uso de castigos proporcionais também é indicado. As crianças devem entender que seus atos têm consequências. Para não se arrepender no meio de um castigo, os pais devem calcular adequadamente o tempo de punição. Para uma criança de dois anos, um castigo de dez minutos já é o bastante.
Em certas situações, chamar a atenção da criança para outra coisa pode ser a melhor saída para a birra. Especialmente quando o comportamento desanda em locais públicos. Fazê-la rir ou distraí-la com outro atrativo costuma ser efetivo e a criança pode esquecer a razão do escândalo que estava fazendo minutos atrás.
Valorizar e qualificar a criança sempre que possível é muito bom. Reforçar positivamente o bom comportamento infantil depois de um ataque de birra ajuda a prevenir novos episódios. Se um dia a criança fez uma birra homérica no parque, ao voltar ao mesmo lugar o pai pode lembrar que confia nela para a história vivida no passado não voltar a acontecer.