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Você sabe o que são prematuros extremos?

7 de maio de 2014

Você sabe o que são prematuros extremos?

*Imagem meramente ilustrativa. A pessoa da imagem não é um paciente do Hospital e Maternidade Santa Joana.

Os bebês são considerados prematuros quando nascem antes dos nove meses da gestação. Como o organismo deles ainda não está complemente desenvolvido, precisam de cuidados redobrados. Segundo Dra. Filomena Bernardes de Melo, neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, existem três tipos de prematuridade: limítrofe, moderada e extrema.
Bebês que nascem próximos à idade gestacional adequada, entre 34 e 36 semanas e seis dias, são considerados prematuros limítrofes. “Esse bebê tem um comportamento que não é tão ofensivo, ele vai ter algumas necessidades especiais, mas, na maioria das vezes, não é tão grave”, explica a neonatologista.
Os prematuros moderados nascem entre 29 e 33 semanas e seis dias. “Esse bebê pode ter tanto sinais importantes de prematuridade (problemas respiratórios, neurológicos, cardíacos) como pode se desenvolver sem grandes percalços”, esclarece. Já as crianças que nascem com menos de 28 semanas, abaixo de um quilo, são consideradas prematuras extremas. “É mais regra do que exceção que esse bebê seja imaturo como um todo. Os principais órgãos dele (coração, pulmão, rins)  ainda não estão desenvolvidos e é comum que ele nem se lembre de respirar”, acrescenta a neonatologista.
É a idade gestacional, e não o peso da criança, que serão os principais fatores para incluí-las nessas categorias. Os prematuros devem ser acompanhados de perto.
Nos últimos anos, o tratamento dos bebês prematuros têm se desenvolvido muito. “Há uns 10 anos, um bebê com menos 750 g tinha uma sobrevida de 15 a 20%; hoje, nós já temos 40% de chance de ele sobreviver. Para os bebês acima de 1 kg, a chance de sobrevida é de quase 100%”, informa Dra. Filomena.
Segundo a especialista, a fisiologia do prematuro tem sido muito estudada, e esses conhecimentos são empregados diretamente na UTI Neonatal. “A incubadora é um ambiente modificado. Para se ter uma comparação, ela parece o vidro de um carro quando chove, pois há o controle da umidade e da temperatura ideais para o bebê não perder líquido. O tipo de aparelho que ajuda o bebê respirar, antigamente, era acionado automaticamente; hoje, é deflagrado pelo próprio bebê. A vantagem disso é que você não lesa muito o pulmão. Tudo é muito detalhado”, elenca.
Outros cuidados importantes são adotados na UTI Neonatal do Santa Joana. A manipulação mínima (evitar mexer muito no bebê para evitar o rompimento dos vasos sanguíneos) e o Horário do Psiu (em que as luzes da UTI Neonatal são diminuídas para que ele descanse melhor) são exemplos de algumas dessas melhorias. “Há vários pequenos detalhes que acrescentamos ao longo dos anos e ajudam o bebê a não só sobreviver mais, mas também a ter uma melhor qualidade de vida”, acrescenta a neonatologista.

Resp. Técnico: Dr. Eduardo Rahme Amaro. CRM: 31624

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