Você sabe o que é disfonia?
Disfonia é uma alteração vocal e pode ser causada por abuso vocal, anomalias estruturais, geralmente congênitas, traumatismos laríngeos ou alergias. No caso do abuso vocal, é possível notar sua aparição nas atividades diárias da criança como em festinhas infantis, durante o horário de recreio da escola ou durante a realização de esportes, como o futebol.
O que se observa é que o abuso vocal realmente prejudicial é aquele que se caracteriza por emissão tensa, nervosa e/ou forçada. Toda criança precisa de atenção. Quanto não têm, muitas se sentem deixadas de lado, e, para chamar a atenção, acabam falando com voz muito elevada, gritando, querendo dominar o ambiente através da voz, o que é extremamente prejudicial.
A presença de nódulo vocal (calo nas pregas vocais) é significativa na infância, mais frequente nos meninos, e merece tratamento especializado. O ideal é que os pais, quando perceberem essa alteração na voz, levem o filho a um especialista e prestem atenção a todas as variações durante esse período. O trabalho fonoaudiológico junto às crianças conta com a participação ativa da família para que os comportamentos da criança com relação à sua voz sejam modificados.
Como evitar que seu filho tenha disfonia:
– Alertar a criança para que não grite, mas, para isso, devemos prestar atenção ao que ela tem para dizer;
– Interessar-se por suas atividades. Perguntar o que estão fazendo, se estão gostando;
– Reduzir a competição vocal: evitar tornar o ambiente agitado e evitar frequentar sempre locais agitados, onde todos querem falar ao mesmo tempo;
– Identificar certos abusos vocais: imitar animais, lutas, monstros, carros. Tentar substituí-los por estalos de língua e vibrações de lábios e língua;
– Combinar com a criança certos sinais para quando ela estiver cometendo um abuso, para não chamar sua atenção na frente das outras pessoas;
– A criança que possui uma deficiência auditiva pode apresentar um tom de voz mais elevado, isso porque ela não escuta ou escuta muito pouco a sua voz tendo que falar mais alto para se ouvir.
Resp. Técnico: Dr. Eduardo Rahme Amaro. CRM: 31624