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Coração em palavras: Relato de uma mãe com bebê cardiopata

19 de junho de 2023

Coração em palavras: Relato de uma mãe com bebê cardiopata

“Tive uma gestação sem intercorrências, pré-natal seguido a risca, exames feitos, tudo certo. Previsto para o começo de março, meu filho, apressado, quis vir antes e comecei a perder líquido. Fiquei internada por alguns dias para que completasse, pelo menos, 37 semanas, para que não houvessem maiores intercorrências.

Dia 12 foi marcada a cesárea. Ele nasceu com 2,4 kg e medindo 43 cm. Ótimo, se não fosse pela dificuldade em respirar. Ele não chorou, não respirou, foi entubado e transferido para a UTI.

Após alguns dias, o diagnóstico: um Ecocardiograma constatou uma cardiopatia. Ele tem drenagem anômala total das veias pulmonares e a cirurgia teria que ser feita o mais rápido possivel. Decidimos que ele seria transferido para o Santa Joana e realizaria a cirurgia lá com a equipe do Dr. José Cícero Stocco Guilhen.

5 horas e meia de cirurgia. 45 dias de UTI, sendo 35 deles em UTI coletiva e 10 em um quarto de UTI assistida para que eu aprendesse a dar os medicamentos, a cuidar e saber distinguir se algo de errado poderia estar acontecendo com ele em casa. É um andar de pré-alta, de aprendizados e isso me trouxe segurança para levar meu pequeno para casa.

Tivemos alta, viemos para casa e recentemente, ele completou 4 meses! Está saudável, esperto e crescendo rápido. Claro que teremos que acompanhá-lo sempre com o cardiologista, mas isso é o de menos. Meu filho está aqui, está vivo e é isso que importa!

Não me preparei para ter um filho cardiopata. Fui pega no susto, mas posso afirmar com toda a certeza do mundo: EXISTE VIDA NA CARDIOPATIA!

O DIAGNÓSTICO NÃO É O FIM, É O COMEÇO DE UMA NOVA VIDA!

Eu sempre falo que meu filho tem duas datas de nascimento: o dia que ele nasceu e o dia que ele operou. Ele renasceu e a gente também!

Seguimos firmes e fortes vivendo um dia de cada vez.

Só tenho a agradecer ao Hospital Santa Joana que nos acolheu, que tratou meu filho com amor e com cuidado. Meu agradecimento e gratidão serão eternos!”

Mãe de um bebê cardiopata, Erika.

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