Cesárea colada: o que é e quando é indicada
A cesariana é uma das cirurgias mais comuns para o nascimento de bebês, quando o parto vaginal não é possível ou seguro. Porém, por se tratar de um procedimento invasivo, gera uma cicatriz que, muitas vezes, incomoda a mulher.
O corte, feito acima da região do púbis, costuma clarear com o passar do tempo, mas, em alguns organismos, pode ficar escurecida e mais aparente.
Uma nova alternativa para amenizar o problema é a cesárea colada, uma técnica usada em casos específicos para melhorar a aparência da pele pós cirurgia.
O que é a cesárea colada?
A técnica é uma abordagem cirúrgica, onde o corte realizado no útero é feito de forma que as camadas do tecido cicatrizem mais próximas umas das outras, sem causar grande espaçamento entre elas.
O principal objetivo dessa técnica é reduzir o risco de formação de uma cicatriz visível e espessa, além de diminuir o tempo de recuperação pós-operatória.
No procedimento, além da pele acima ser aberta, o que está abaixo dela também é, ou seja, a gordura, a fáscia muscular, o músculo, os peritônios e o útero.
“Quando se fala em cesárea colada, todas as camadas continuam sendo abertas e fechadas da mesma forma”, explica a ginecologista e obstetra Karina Belickas, coordenadora da Semi-Intensiva de Gestação de Alto Risco do Grupo Santa Joana, em entrevista a Revista Crescer.
Ela explica que “o que muda em uma cesárea colada é que na camada da pele, além dos pontos, há uma cola que auxilia na cicatrização e na aproximação das bordas”.
Com essa técnica, a cicatriz resultante da cirurgia tende a ser mais fina e menos perceptível, já que as camadas internas do útero e da pele são unidas de maneira mais cuidadosa e adequada.
A cola é usada para deixar as pontas de cada lado do corte mais unidas, fazendo com que não fiquem espaços.
Há riscos?
Embora a técnica da cesárea colada apresente muitas vantagens, é importante lembrar que, como qualquer procedimento cirúrgico, ela pode apresentar riscos.
Algumas mulheres podem sofrer com o acúmulo de secreção por baixo da pele, que pode precisar de uma punção.
O procedimento é opcional e não coberto pelos planos de saúde, ou seja, é pago a parte. “Não é feita com tanta frequência, porque depende do desejo e da possibilidade de a família pagar por isso. A maior parte das pessoas acaba optando por não fazer”, disse a doutora.