Mitos e verdades da atividade física na gestação
Há alguns anos, o senso comum aceitava a ideia de que a gestante deveria evitar atividades físicas, permanecendo quase toda a gravidez em repouso. Mais recentemente, a medicina desmistificou este conceito, comprovando que manter-se ativa não só ajuda a mãe a engordar menos, como também traz benefícios para o bebê.
O ideal é avaliar qual atividade física combina com cada momento da gravidez, garantindo que a gestante mantenha-se ativa, sem exagerar no esforço nesse período. Acompanhe as dicas, preparadas pela equipe do Hospital e Maternidade Santa Joana:
Gestantes podem se lesionar mais facilmente
Verdade: para facilitar a passagem do feto na hora do parto, o organismo produz doses altas de relaxina, hormônio que alarga as articulações, aumenta a flexibilidade e dá mais mobilidade à bacia. A questão é que todos os ligamentos de todas as articulações também se afrouxam, deixando tornozelos, joelhos, ombros e colunas mais suscetíveis a lesões.
Hidroginástica é o exercício mais indicado
Verdade: a hidroginástica evita torções e sobrecarga, sendo a atividade mais sugerida pelos especialistas. Ela trabalha vários músculos sem provocar impacto nas articulações. Mas, para queimar calorias, melhorar a condição cardiovascular e a resistência muscular, a intensidade do exercício deve ser alta, deixando a gestante cansada (não ofegante) depois da aula.
Gestantes não podem correr
Mito: mesmo que a gravidez esteja profundamente associada a mudanças anatômicas e fisiológicas, o exercício tem riscos mínimos e pode ser muito benéfico para a maioria das mulheres, conforme sinaliza o American College of Obstetricians and Gynaecologists. Uma vez liberada pelo ginecologista e pelo cardiologista, é preciso seguir alguns cuidados como deixar de lado a performance e focar no bem-estar e na qualidade de vida para a gestante e para o bebê.