Meningite: o que é e quais são seus riscos
A meningite é uma inflamação das membranas que recobrem o cérebro e a medula espinhal e pode matar. A doença é transmitida por vírus ou bactérias e pode acometer crianças ou adultos. As formas virais são mais brandas e, apesar de não haver vacinação, este tipo de meningite geralmente não mata e não deixa sequelas. Já as meningites bacterianas – causadas pelos meningococos, pneumococos ou hemófilos – podem ter efeitos irreversíveis se não tratadas.
Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, explica que os pacientes com meningites bacterianas precisam de tratamento com antibiótico específico, feito em unidade de terapia intensiva.
Alguns sintomas da meningite podem ser confundidos com os de outras patologias. Febre, o abatimento ou a falta de apetite não são efeitos específicos da doença. Os portadores da patologia sentem dor de cabeça, irritabilidade, têm vômitos violentos e convulsões.
Um sinal característico da meningite é a rigidez da nuca, um sinal de irritação meníngea. O exame é simples: o paciente deve conseguir encostar o queixo no peito.Segundo o doutor Renato Kfouri, é imprescindível que a doença seja detectada o quanto antes. No caso da meningite transmitida pelo meningococo, o paciente pode morrer em 48 horas. “O sucesso do tratamento está relacionado à precocidade do diagnóstico”, alerta. Entre as sequelas deixadas pela meningite, as mais comuns são surdez, deficiências motoras e visuais, retardo mental e amputações (necroses nas extremidades).
O melhor caminho para evitar a doença é a vacinação. Como existem quatro grupos mais poderosos de bactérias, é bom ficar longe de todos. Para a meningite transmitida pelos hemófilos, há vacinação de graça na rede pública, o que diminuiu a incidência da doença no Brasil. Na meningite por pneumococo, são administradas quatro doses. Para o meningococo tipo C, três doses.