Licença-paternidade traz impactos para a família inteira
A licença-paternidade de cinco dias, aplicada atualmente no Brasil, está na Constituição, mas é uma regra provisória, não sendo verdadeiramente regulamentada. Nos últimos dias, no entanto, o Supremo Tribunal Federal (STF) estipulou 18 meses para que o Congresso edite uma lei sobre esta licença. É possível que, com a regulamentação, os pais ganhem mais dias para ficar com os filhos após o parto.
O jornal Estadão fez uma reportagem sobre os impactos na saúde de mães, pais e filhos caso a licença-paternidade seja estendida. Para falar sobre o assunto, conversou com o Dr. Rodrigo Darouche Gimenez, psiquiatra do Hospital e Maternidade Santa Joana.
“O maior envolvimento do pai está associado à diminuição dos problemas comportamentais, melhor desempenho cognitivo e melhores habilidades de regulação emocional. Por outro lado, um envolvimento menor foi associado com maior chance de comportamentos agressivos, de maneira independente da qualidade da relação entre a criança e a mãe”, disse o médico.
Estudos já mostraram que a presença do pai em casa aumenta a chance de sucesso da amamentação e que pais com licenças mais longas se sentem mais satisfeitos na vida pessoal e profissional.
A reportagem ressalta que não adianta apenas aumentar o tempo de licença-paternidade sem aumentar efetivamente a participação dos pais no cuidado, já que cuidar do bebê não cabe só à mãe, é uma tarefa de ambos.
Leia também: qual é o papel do pai, antes, durante e depois do nascimento
A sobrecarga para as mulheres pode levar ao esgotamento físico e mental e até à depressão pós-parto
“O problema afeta de 15 a 30% das mães brasileiras, mas mais de 80% dos casos acabam ficando sem diagnóstico. O principal fator de proteção para essas mulheres, na maior parte dos estudos, é o suporte social adequado. E como o pai é quem provavelmente vai estar mais próximo, sua participação conta muito”, explicou o Dr. Rodrigo.
Para ler a reportagem completa, clique aqui.