Gravidez: também uma questão de cabeça
O período de gestação não se resume às alterações físicas necessárias para a mulher gerar um bebê. Por trás desse processo tão natural, esconde-se uma complexa rede de sentimentos e modificações na mente da mamãe, que, de repente, passa a ter uma nova criatura dependendo dela.
Estudos mostram que o cérebro da mulher passa por um crescimento após o parto, que modifica comportamentos e aumenta a motivação. A área aumentada do cérebro envolve raciocínio, motivação e emoções. Desta forma, o lado mãe fica mais aflorado, determinante para contribuir no cuidado e desenvolvimento com a criança.
Aquela força de acordar de madrugada sem ter dormido quase nada ou o desejo de cuidar do bebê e tudo aquilo que pensávamos ser instinto maternal pode ser algo ativado mais por uma nova construção cerebral.
Neste período, há um aumento no volume de massa cinzenta em várias partes do cérebro, incluindo o hipotálamo (área associada com motivação e sentimento maternal), a substância negra e amígdala (recompensa e processamento emocional), o lobo parietal (integração sensorial) e o córtex pré-frontal (raciocínio e julgamento).
O aumento cerebral é feito pelas mudanças hormonais após o nascimento, como o aumento dos níveis de ocitocina, estrogênio e prolactina. Isso modifica o comportamento das novas mamães, interagindo melhor com seus filhos.