Gestação natural de trigêmeos: riscos e cuidados
Jhéssica Fernandes foi apenas fazer um ultrassom para confirmar uma gestação quando descobriu que esperava trigêmeos. Sem histórico familiar e de forma natural, o caso raro a deixou chocada. Segundo as estatísticas, uma concepção natural de trigêmeos acontece em cerca de uma para cada 8 mil a 10 mil gestações.
Estes casos exigem um acompanhamento frequente, com consultas semanais ou quinzenais e ultrassons constantes. “Toda gravidez de trigêmeos é de alto risco, com maior chance de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e anemia. O repouso é essencial e a cesariana costuma ser a opção mais segura”, explica o Dr. Eduardo Cordioli, diretor técnico de obstetrícia do Grupo Santa Joana, que reforça a importância de fazer o pré-natal com uma equipe de especialistas.
“O acompanhamento constante permite identificar precocemente qualquer sinal de complicação e ajustar a conduta médica, aumentando as chances de uma gestação segura para mãe e bebês”, diz o Dr. Cordioli.
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A gravidez de Jhéssica transcorreu com algumas complicações, como diabetes, anemia, alterações na tireoide e colesterol alto. Para completar, ela tem 1,45m de altura, o que exige alguns cuidados especiais numa gestação como essa, devido ao espaço limitado do útero.
Mesmo com as previsões pouco animadoras de alguns profissionais, a gravidez chegou a 31 semanas e 6 dias, quando os bebês Miguel, Gabriel e Rafael nasceram, em Ribeirão Preto. Nestes casos, a prematuridade é comum: trigêmeos raramente chegam às 40 semanas e muitos precisam ficar internados em UTI Neonatal ao nascer, para ganhar peso, amadurecer os pulmões e aprender a mamar. No caso de Jhéssica, os bebês passaram 29 dias na UTI Neonatal, quando finalmente foram saudáveis para casa.
Depois do alívio da alta, a rotina exaustiva: além dos trigêmeos, Jhéssica tem duas filhas mais velhas, Manuelly, de 8 anos, e Maria Fernanda, de 11 anos. Com cinco filhos, seu dia a dia é intenso e desafiador, mas também cercado de carinho e felicidade.
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