Escarlatina: surto da doença em crianças de São Paulo
O jornal Estadão publicou reportagem sobre os 31 surtos de escarlatina que ocorreram no estado de São Paulo em 2023, número bem acima dos anos anteriores.
Para falar sobre o assunto, conversou com a infectologista Rosana Richtmann, do Hospital e Maternidade Santa Joana. “Trata-se de uma situação observada no mundo inteiro. A Organização Mundial da Saúde já fez um alerta sobre a doença”, explicou.
Uma das possíveis causas para os surtos é a pandemia de Covid-19, já que com o uso de máscaras e isolamento social não fomos expostos à bactéria causadora de escarlatina.
“O segundo ponto é que, depois da pandemia, vimos um aumento indiscutível de viroses respiratórias. E, hoje, os estudos estão mostrando cada vez mais que existe uma espécie de conspiração entre vírus e bactérias. Ou seja, os vírus facilitam a ação das bactérias. É uma relação de parceria”, explicou a Dra. Rosana ao Estadão.
Afinal, o que é escarlatina?
A doença é causada por uma bactéria chamada estreptococo beta hemolítico do grupo A, que também causa infecções da garganta (amigdalites) e da pele (impetigo, erisipela).
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A escarlatina é uma reação de hipersensibilidade (alergia) às toxinas que ela produz. Cada indivíduo que pegar a bactéria pode apresentar uma doença diferente. A maioria das pessoas que tem uma infecção na garganta causada pela bactéria não desenvolve a escarlatina.
O principal sintoma são pequenas manchas vermelhas na pele. “Geralmente, elas não aparecem na palma da mão, na planta dos pés nem em volta da boca. Essas áreas são poupadas”, explicou a médica ao Estadão. Além disso, a língua pode ficar com as papilas avermelhadas (“língua de framboesa”), ocorre febre, dor de garganta e prostração.
O site bebe.com.br também publicou uma reportagem sobre este tema, explicando que a doença costuma atingir principalmente as crianças em idade escolar, pois elas têm o sistema imunológico mais imaturo, e que a transmissão ocorre pelo contato direto com a saliva ou secreção nasal de pessoas doentes (mesmo aquelas que têm a bactéria, mas não apresentam sintomas da doença). O contágio pode acontecer por meio de espirros, tosse e beijos, por exemplo.
O diagnóstico pode ser clínico e confirmado por exame laboratorial. “A comprovação da hipótese diagnóstica se dá através de um exame de cotonete: um swab de orofaringe para procurar a presença da toxina da bactéria”, disse a Dra. Rosana ao bebe.com.br.
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