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Entenda a Gripe K

19 de dezembro de 2025

Entenda a Gripe K

Recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre a próxima temporada de gripe, identificando um aumento da circulação do vírus influenza em várias partes do mundo. Uma variante genética do influenza A, o chamado subclado K, começou a se espalhar mais rapidamente a partir de agosto de 2025. Embora o termo “gripe K” tenha ganhado força, não se trata de um vírus novo, e sim uma evolução esperada do influenza A, vírus que sofre alterações genéticas frequentes.

Até agora, os dados disponíveis não indicam que ela cause quadros mais graves da doença. No alerta da OMS, a atividade global da gripe ainda está dentro do esperado para a estação, embora alguns países tenham registrado aumento mais cedo e mais intenso do que o habitual.

“Neste momento em que começam as férias e aumenta a circulação de pessoas entre continentes, a chance de esse clado entrar no Brasil e se espalhar rapidamente é muito grande“, diz a Dra. Rosana Richtmann, chefe do departamento de infectologia do Grupo Santa Joana.

A maioria das pessoas se recupera da gripe em cerca de uma semana sem necessidade de atendimento médico, mas a influenza pode levar a complicações sérias, com maior risco para crianças pequenas, idosos, gestantes e pessoas com condições de saúde subjacentes. Em alguns casos, as gestantes, por exemplo, podem apresentar complicações como parto prematuro ou abortamento.

A vacinação continua sendo uma ferramenta central de prevenção, especialmente para estas pessoas com maior risco de complicações. Dados preliminares apontam uma efetividade da vacina de cerca de 70% a 75% na prevenção de hospitalizações em crianças de 2 a 17 anos e de 30% a 40% em adultos.

“É importante lembrar que, infelizmente, a cobertura vacinal no Brasil — especialmente entre idosos — não foi boa em 2025, uma das piores que já tivemos. Por isso, é fundamental manter vigilância e garantir que, assim que a vacina atualizada para 2026 estiver disponível, a população-alvo da imunização faça sua parte e se vacine”, completa a Dra. Rosana.

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