Cuidado com as modas bizarras
Recentemente, a atriz norte-americana January Jones afirmou em entrevista à revista “People” que havia recolhido a placenta após o nascimento do filho para transformá-la em vitaminas. Segundo ela, as cápsulas de placenta seriam ingeridas a pedido de uma doula (acompanhante de parto), que se encarrega fazê-la comer de forma regrada.
No caso de famosa atriz, a placenta foi transformada em cápsulas. No entanto, há mulheres que optam por outras formas de ingestão (placenta cozida, por exemplo). Por mais estranho que possa parecer, comer a placenta é um hábito comum no reino animal e vem ganhando adeptos humanos. Grande parte dos mamíferos, com exceção dos aquáticos, o fazem logo após o parto.
Por isso mesmo, pesquisadores da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, decidiram analisar quais as vantagens da placentofagia. Com base no comportamento dos mamíferos não-humanos, o estudo chegou à conclusão de que há benefícios para a saúde dos animais, como o alívio da dor e a melhora do comportamento materno após o parto. Segundo os estudiosos, a placenta animal possui altos níveis de ferro, vitaminas e alguns tipos de hormônio. No entanto, nada disso ainda foi comprovado entre humanos.
Para os que pensam em se tornar adeptos desta nova tendência, é importante saber que a ingestão da placenta pode trazer riscos. Por se tratar de um material biológico, há grandes chances de haver contaminação por bactérias, vírus ou até algum produto químico que tenha entrado em contato com a placenta durante o parto. Há ainda que se considerar fatores imunológicos da própria mãe.