Cirurgia bariátrica facilita a gravidez? Saiba tudo aqui
O maior acesso às cirurgias bariátricas tem permitido que um número cada vez maior de mulheres supere não apenas seus problemas com a obesidade, mas também uma consequência do sobrepeso – a infertilidade. É muito comum a mulher obesa deparar-se com dificuldades para engravidar, principalmente pela inibição da ação da insulina, levando à diabetes tipo 2, que impede a ovulação.
Alguns meses depois da cirurgia, é esperado que a ex-obesa beneficie-se também da regularização dos ciclos menstruais, do desaparecimento de cistos ovarianos e da volta da ovulação. Com esse novo metabolismo, muitas vezes a “nova magra” consegue engravidar naturalmente. Do ponto de vista emocional, a cirurgia para redução de estômago também costuma apresentar um efeito altamente positivo. Mulheres que antes eram dominadas pela baixa auto-estima passam a se sentir mais dispostas e atraentes, melhorando inclusive seu interesse na atividade sexual.
A gestação de uma mulher submetida a esse tipo de cirurgia pode desenvolver-se normalmente, apenas com a introdução de alguns cuidados especiais. Dependendo do tipo de cirurgia realizado, pode ser necessário fracionar ainda mais a alimentação da grávida, pela dificuldade que seu estômago apresenta em receber quantidades maiores de alimentos.
Mulheres submetidas às chamadas cirurgias disabsortivas (com a redução do duodeno, por exemplo), podem ter dificuldade de reter proteínas fundamentais para a formação dos tecidos do bebê, levando à necessidade de suplementação tanto de proteínas quanto de nutrientes como ferro, cálcio e zinco. Já as mulheres que sofreram cirurgias restritivas (com a colocação de um anel na parte de cima do estômago), costumam ter dificuldade para absorver a vitamina B12, fundamental para o sistema neurológico tanto do bebê quanto da mãe. Nesses casos, a indicação é a suplementação da vitamina por via injetável.