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Anorexia na gravidez: isso existe?

8 de março de 2012

Anorexia na gravidez: isso existe?


Os obstetras têm sido cada vez mais vigilantes no controle do peso da gestante. Engordar demais na gravidez pode trazer muitas complicações, desde simples desconfortos posturais, até desequilíbrios metabólicos que afetem a saúde da mamãe e do bebê. Mas, cada vez mais, registra-se o outro lado da moeda entre as grávidas de São Paulo: a ocorrência do mais conhecido distúrbio alimentar nesse grupo de mulheres, a anorexia.
A incidência de transtornos alimentares nas grávidas paulistanas é quase seis vezes maior em relação às estimativas médicas internacionais para esse tipo de distúrbio na categoria das gestantes. E, mesmo quando comparadas à população brasileira em geral, as grávidas de São Paulo apresentam desordens alimentares com muito mais frequência. A conclusão é de um estudo da Divisão de Psicologia do Instituto Central do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.
Os distúrbios mais encontrados foram bulimia e anorexia, que juntas respondem por 10% dos quadros do HC. Para a anorexia, por exemplo, foi encontrada uma taxa de 2,5%, mais que o dobro do índice estimado pelo Ministério da Saúde para a população brasileira em geral, que é de 1%. No caso da bulimia, a prevalência maior entre as gestantes se repete: 7,5% ante 4% na população nacional. Responsável pelo estudo, Gláucia Guerra Benute diz que o aparecimento de transtornos alimentares é ainda mais intenso depois da gestação. Já durante a gravidez, características comuns no período podem mascarar os transtornos alimentares. “Vômitos, típicos da bulimia, se confundem com os próprios sinais da gestação.”
A preocupação excessiva com o peso e a imagem corporal, num período onde os cuidados com a saúde devem ser redobrados, compromete a saúde da mãe e do bebê. A alimentação inadequada e a falta de nutrientes podem trazer problemas graves para as gestantes e provocar até a morte do bebê.
“Durante a gravidez o ideal é engordar pelo menos de 7 a 10 kg. Abaixo disso é algo preocupante”, afirma o obstetra do Hospital e Maternidade Santa Joana, Luiz Fernando Leite. Para ele, os transtornos aparecem quando o culto ao corpo é exagerado.
 

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