Quando o bebê pode comer papinha?
O único alimento que o bebê deve ingerir, até os seis meses de vida, é o leite materno, a dieta mais completa que ele pode receber. Todas as mulheres produzem esse alimento na quantidade e com a qualidade ideais para seus filhos. Além disso, o aleitamento é fundamental para que a criança receba seus primeiros anticorpos diretamente da mãe.
Após essa idade, o aleitamento materno passa a não ser mais suficiente para garantir todos os nutrientes de que o bebê precisa. É hora de introduzir as papinhas. A nutricionista Luciana Costa, do Hospital e Maternidade Santa Joana, dá dicas importantes de como fazer essa transição.
Como o sistema digestório do pequeno começará a se adaptar aos alimentos sólidos, é preciso tomar alguns cuidados. “Comece com as frutas. O importante é sempre testar uma de cada vez, pois, às vezes, isso pode dar alguma alteração no intestino dele. Se você der muitas frutas de uma vez só, não perceberá o que não caiu bem”, orienta.
A introdução às papinhas doces e aos sucos funciona dessa mesma forma, oferecendo uma fruta de cada vez. “A única fruta que não se indica, até o primeiro ano da criança, é o morango. Para cultivá-lo, geralmente, usa-se muito agrotóxico e outras substâncias. É um alimento que pode provocar muita alergia”, explica a nutricionista.
Depois do sétimo mês, chega a hora de introduzir a papinha salgada na dieta do pequeno. “Ela deve ser composta de legumes cozidos, respeitando os grupos alimentares. E a orientação é para não bater no liquidificador, sendo preferível amassar com o garfo. Nessa fase, os dentes começam a nascer. Ao mastigar, a criança vai massageando a gengiva e pegando o hábito de consumir alimentos um pouquinho mais sólidos”, diz.
A orientação é começar com a papinha salgada em apenas uma das refeições. Depois de quinze dias, já é possível oferecer duas vezes ao dia. “O peixe não é recomendado, a clara de ovo só a partir do 10º mês e o mel só se deve oferecer depois do primeiro ano. O peixe e a clara por causa do potencial alergênico”, alerta a profissional.
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