Superação: conheça a luta da mãe Ana Carolina contra o diabetes gestacional
A Ana Carolina Dias Acquesta Gongora, advogada de 37 anos acompanhava de perto sua gestação. Com 26 semanas, ao realizar um exame de curva glicêmica, descobriu que estava com diabetes gestacional, o que tornava sua gestação, até então tranquila, como de alto risco. Conheça sua luta contra o diabetes gestacional.
Como o exame é feito e qual sua importância?
O exame é simples, feito com coleta sanguínea em jejum e a oferta oral de glicose, e deve ser realizado entre a 24° e a 28° semana de gestação.
Ele é recomendado pela Diretriz Brasileira de Diabetes e permite o diagnóstico da hiperglicemia, indicando caso a glicose no sangue esteja alterada.
É de extrema importância realizá-lo no tempo certo, a fim de evitar complicações na gestação como parto prematuro e pré-eclâmpsia.
Como a condição se apresentou em Ana
A gestante já imaginava haver a possibilidade de desenvolver o diabetes gestacional, pois em 2022 passou por um pico de insulina, seguindo tratamento com medicação que precisou ser pausada na gravidez.
Até o 6° mês, sendo acompanhada de perto por seus médicos, Ana não apresentou nenhum sintoma até então. Apenas no 7°, seu exame apresentou alterações.
Mesmo com mudanças na alimentação e acompanhamento ainda mais acirrado, ela ainda precisou ser internada quando estava nas 32 semanas de gestação. “Receber essa notícia é meio desesperador, porque você pensa no pior: que ele vai nascer prematuro, que poderia ter um problema cardíaco… A gente sabia como esse excesso de glicose poderia afetar o bebê a longo prazo”, contou Ana em entrevista à Crescer, do Globo.com.
A importância do apoio familiar
O diagnóstico acabou afetando, como não poderia ser diferente, o psicológico da futura mãe, que pôde contar com o apoio do marido, que se manteve ao lado dela durante todo o período de internação.
Com tratamento ajustado e já em fase final de gestação, Ana passou a fazer o acompanhamento da saúde semanalmente, com ultrassonografias para monitorar o bem-estar do bebê.
O nascimento de Joaquim
Com 38 semanas de gestação, em 6 de junho de 2024, Ana deu à luz ao primeiro filho, Joaquim.
“Vê-lo pela primeira vez foi incrível, porque é o meu primeiro filho. Fico até emocionada. Foi essa emoção de segurá-lo nos braços, ver que ele está bem e saber que tudo valeu à pena, todos os sacrifícios, as limitações e as restrições”, contou.
O diabetes gestacional
A Maíra Brandão, endocrinologista do Hospital Santa Joana, explica que o diagnóstico precoce é essencial em casos como o da Ana:
“Durante a gravidez, a mãe tem risco de ganhar muito mais peso e tem risco de desenvolver pré-eclâmpsia. O bebê pode ter um crescimento exagerado, o que pode provocar problemas na hora do parto, como ter um excesso de produção de líquido amniótico. Isso pode fazer com que a bolsa rompa, por exemplo, antes do momento correto e leve ao parto prematuro ou o bebê pode correr mais risco de nascer grande para idade gestacional”.