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Após tratamento de câncer, ela engravidou aos 43 anos

23 de novembro de 2023

Após tratamento de câncer, ela engravidou aos 43 anos

A professora Gislene Vieira Rodrigues descobriu um câncer de mama em 2017, após sentir um carocinho no seio durante o banho, além de outros sintomas como dores e cansaço. Ainda não tinha 40 anos e pretendia aumentar a família. O prognóstico, no entanto, não era favorável: a mamografia confirmou o câncer avançado já com metástase no pulmão.

“Você está num estágio terminal. Se você tiver um bom convênio, tem de três a seis meses de vida”, foi o que escutou do médico, conforme contou a reportagem do UOL VivaBem, que contou sua história.

Com a ajuda da família, Gislene não paralisou e seguiu firme durante o tratamento. “Eu peguei como um objetivo de vida mesmo, de não deixar o câncer me derrubar pela cabeça”, disse ela.

A notícia veio acompanhada de outra novidade: Gislene estava grávida. Ela descartou a sentença dada pelo médico e procurou uma segunda opinião. A nova médica confirmou a gravidade do caso, disse que ela precisava começar a quimioterapia com urgência e deu a pior sentença: em algum momento, Gislene teria que escolher entre a sua vida e do bebê que esperava. “De tudo, até hoje, foi a parte mais difícil, mais até do que o próprio diagnóstico”, contou Gislene.

A quimioterapia é agressiva para o sistema reprodutivo, por isso talvez Gislene não pudesse engravidar novamente no futuro. E, naquele momento, não havia como congelar óvulos ou embriões para preservar a fertilidade. Dois dias antes de começar o tratamento, sofreu um aborto espontâneo.

Após um período de tratamento, em que realizou cirurgia, quimioterapia, radioterapia e imunoterapia, em abril deste ano, aos 43 anos, Gislene descobriu-se grávida. A gestação veio naturalmente e transcorreu de forma tranquila. Gislene parou o tratamento e, agora, está prestes a conhecer sua filha Emanuele.

Leia também: Grávida pode fazer mamografia?

“Em nenhum momento eu fui aconselhada a engravidar e, para os médicos, era quase impossível, por todo o processo que eu passei”, disse a professora.

A família se reestruturou para ajudá-la. “Mas nunca com a ideia de ‘coitadinha’. Porque você não tem de ter um olhar de pena para o outro. Tem de ter empatia, mas focar no que o outro precisa de você”, disse Gislene.

“Ter rede de apoio ajuda a melhorar a qualidade de vida em qualquer tipo de doença. Você se cuida mais se sente que é importante para alguém. E quando você tem filho, você não quer morrer, porque tem que cuidar daquele filho”, disse a Dra. Karina Belickas, mastologista do Hospital e Maternidade Santa Joana, que participou da reportagem.

Para ler a reportagem completa, clique aqui.

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