Estadão e O Globo publicam história de bebê que passou por cirurgia intrauterina no Santa Joana
A história de Rafael, um bebê que passou por cirurgia no Santa Joana enquanto ainda estava no útero de sua mãe, foi notícia no jornal Estadão e O Globo. Seu diagnóstico era de Malformação Cística Adenomatóide, uma massa sólida que ocupava 90% de seu tórax e comprimia os pulmões e o coração.
A mãe, Monique, estava com 28 semanas de gestação e Rafael pesava um quilo quando foram para a cirurgia, que envolveu 26 profissionais.
“Com o útero exposto fora do abdome, mapeamos onde estava a placenta e o tórax da criança e fizemos uma abertura no útero de forma a não impactar a placenta. Tínhamos três ambientes cirúrgicos: o da mãe, o do feto e um terceiro com a estrutura toda montada caso houvesse alguma intercorrência e tivéssemos que fazer o parto de emergência”, contou à reportagem o cirurgião e obstetra Antonio Moron, responsável pelo serviço de Medicina Fetal do Santa Joana.
Uma inovação utilizada nessa cirurgia foi importante para o seu sucesso: o acesso venoso (para medicação) foi feito na mãozinha do bebê, que foi retirada para fora do útero. Normalmente, isso é feito pelo cordão umbilical. “É o primeiro caso que temos conhecimento no Brasil que realizou esse tipo de acesso venoso. Nos inspiramos em um colega americano, um cirurgião pediátrico renomado da Cleveland Clinic, que havia feito uma cirurgia semelhante em abril e compartilhou os detalhes da técnica”, disse o Dr. Moron.
“Na minha vida profissional, já tive que puncionar veias de prematuros extremos, com menos de 750 gramas. Então a punção em si não me assustava. O desafio foi o cenário. Estar toda paramentada para entrar no campo cirúrgico, ver aquela cena frente ao útero. Eu nunca tinha puncionado um paciente que eu não via o rostinho. Foi uma sinergia muito grande da equipe”, contou a enfermeira Thalita Bridi, da UTI Neonatal do Santa Joana.
Para ler as reportagens completas, acesse o site do Estadão e O Globo.