IST na gestação: quem tem sífilis pode ter parto normal? Confira
A sífilis afeta mais de 40% das mulheres no Brasil e, na gestação, essa doença pode ser muito perigosa para a mãe e para o bebê. Por se tratar de uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST), há questionamentos se quem tem sífilis pode ter parto normal.
Aliás, existem riscos que vão além da hora do parto para quem apresenta a condição e está gestante ou pensa em engravidar. Se você está em tratamento de sífilis e quer ter a experiência do parto normal, leia o artigo para entender se há uma forma segura de realizar seu desejo.
Gestação e IST: qual a probabilidade do bebê nascer com sífilis?
A sífilis congênita ocorre quando a mãe infectada recebe tratamento inadequado ou não é tratada, e transmite a doença para seu bebê durante a gestação.
A sífilis pode ocasionar complicações tanto para a mãe como para o bebê, entre elas:
- Trabalho de parto prematuro;
- Óbito fetal;
- Recém- nascido com baixo peso;
- Infecção do recém-nascido;
- Deformações ósseas
- Alterações do sistema nervoso central: convulsões; meningite.
- Alterações de desenvolvimento e aprendizado a longo prazo;
A sífilis é mais perigosa na gravidez quando está em seu estágio inicial, devido às altas taxas de transmissão, porém a contaminação pode acontecer em qualquer fase da gestação, por meio da placenta.
Afinal, quem tem sífilis pode ter parto normal?
O principal risco da sífilis quando se trata do parto normal é o elevado risco de contaminar o recém-nascido, caso haja qualquer ferida na região vaginal.
Alguns exames são utilizados para o diagnóstico e segmento da doença. O VDRL é indicado para a gestante no início da gestação, decorrer do pré-natal e no momento do parto. O VDRL também é usado para o segmento de bebês que cuja mães tiveram sífilis durante a gestação.
Como não passar sífilis para o bebê?
Para que a sífilis não seja transmitida ao bebê, podendo causar uma série de complicações, é muito importante realizar o tratamento de forma adequada.
O obstetra que acompanha a gestante deve indicar o tratamento, que geralmente é feito por meio de injeções de penicilina de 1 ou 3 doses, dependendo do estágio da doença em que é realizado o diagnóstico.
A penicilina (benzetacil) é a única droga que tem capacidade de alcançar o feto e tratá-lo de maneira adequada. É fundamental também o tratamento do parceiro para garantir eficácia evitando a a reinfecção da gestante!
No decorrer do tratamento, também indica-se evitar as relações sexuais desprotegidas, pois a gestante pode ser infectada novamente, caso o parceiro não seja adequadamente tratado.
Após o nascimento, o bebê será avaliado com exames e baseado na adequação do tratamento materno, pode ser necessário tratamento do mesmo com penicilina.
A sífilis pode voltar após o tratamento?
Se tratada adequadamente, a sífilis é considerada curada. Contudo, vale lembrar que, mesmo após o tratamento, a sífilis pode ser contraída novamente, se os devidos cuidados não forem tomados. Portanto, é extremamente necessário, o tratamento do parceiro, que a relação sexual seja protegida e que haja a realização constante do exame de VDRL, como forma de controle.
Quem tem sífilis pode doar leite materno? E amamentar?
A doação de leite materno é um ato de altruísmo, pois esse é o melhor alimento para os recém-nascidos. Mas quem tem sífilis também pode doar leite? O que ocorre com a amamentação para quem tem essa doença?
A mãe com sífilis pode amamentar seu bebê normalmente com leite materno, sem o risco de contaminação. A única contra indicação de não amamentar é a presença de lesões de sífilis nas mamas, visto que o contato da boca do recém-nascido com as lesões podem levar a transmissão.
No entanto, não é possível doar leite materno. Isso porque as normas dizem que lactantes portadoras de doenças infecciosas como a sífilis e o HIV, não estão aptas a doação. Lembre-se sempre de realizar o acompanhamento médico para que a saúde gestacional seja preservada. E, se esse conteúdo te ajudou a entender se quem tem sífilis pode ter parto normal, acompanhe mais conteúdos do Hospital Santa Joana e tire suas dúvidas.