Bloqueio de uma proteína do corpo permite que mulheres engravidem mesmo após câncer
Um problema que acomete as mulheres que estão fazendo tratamento contra o câncer é a infertilidade. Um estudo feito na Universidade Monash, em Melbourne, na Austrália, e publicado no jornal Daily Mail, promete mudar essa situação e impedir que, depois de curadas, as pacientes engravidem.
Como alguns tipos de quimioterapia e radioterapia podem temporariamente ou permanentemente impedir que os ovários produzam óvulos, a solução, segundo o estudo, é bloquear a função de uma proteína no corpo.
Conhecida como ócitos de folículos primordiais, ou “célula-ovo”, a célula-base da pesquisa é responsável pelo tempo útil da produção de óvulos durante a vida da mulher.
De acordo com o estudo, quando o DNA destas “células-ovo” é danificado por conta da quimioterapia ou radioterapia, uma proteína conhecida como Puma provoca a morte das “células-ovo”, levando à infertilidade.
O que se constatou é que essas “células-ovo” não morrem na falta da proteína Puma, mesmo se expostas à radiação. Além disso, mesmo as células danificadas conseguem se restabelecer e se tornarem saudáveis novamente na ausência da proteína.
Com essa descoberta, a equipe pretende agora desenvolver futuros tratamentos que bloqueiem a função da proteína Puma, o que evitará que as “células-ovo” morram durante a quimioterapia ou radioterapia e deixem as mulheres inférteis.
Resp. Técnico: Dr. Eduardo Rahme Amaro. CRM: 31624