Procedimento de diagnóstico pode ajudar fertilização
*Imagem meramente ilustrativa.
Um dos procedimentos utilizados habitualmente nos processos de reprodução humana assistida tem se revelado um facilitador da gravidez em mulheres submetidas a esses tratamentos. A biópsia de endométrio é um procedimento conhecido e já bastante utilizado para diagnósticos, inclusive de infertilidade. Agora, um estudo realizado no Brasil relata maior taxa de sucesso na gravidez entre mulheres que foram submetidas à biópsia.
O estudo foi realizado pelo médico Fernando Prado Ferreira, do Centro de Reprodução Humana Santa Joana, e é resultado de sua tese de doutorado, defendida na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Inicialmente, o objetivo era descobrir se, ao realizar a biópsia de endométrio antes do ciclo de fertilização, o organismo liberaria substâncias que poderiam facilitar o processo de implante do embrião ao útero.
Para analisar este aspecto, Dr. Fernando acompanhou 98 casos clínicos, de mulheres que se submetiam a seu primeiro ciclo de fertilização. Dessas, 49 realizaram a biópsia e 49, não. O objetivo inicial – relacionar a taxa de gravidez com as substâncias analisadas – não se concretizou. No entanto, foi possível avaliar que a taxa de sucesso de gravidez foi 40% maior nas mulheres que fizeram a biópsia antes do ciclo.
Uma das hipóteses para esta maior ocorrência sugere que a retirada de uma amostra do endométrio pode provocar uma reação inflamatória, liberando substância que poderia interferir no processo de implantação. Outra possibilidade está relacionada à cicatriz, que poderia facilitar a adesão do embrião.
Resp. Técnico: Dr. Eduardo Rahme Amaro. CRM: 31624