Filhos: algumas coisas que talvez você faça errado e não saiba
*Imagem meramente ilustrativa. A pessoa da imagem não é um paciente do Hospital e Maternidade Santa Joana.
Muitos pais simplesmente não sabem por que o filho se comporta de determinada forma, por que não quer comer, o motivo pelo qual age de forma infantilizada demais para sua idade etc. O que poucos pais atentam é para o tratamento que dispensaram à criança durante sua infância. Às vezes – nem sempre – um estímulo errado dos pais gerou esse comportamento. Veja alguns exemplos:
O pesadelo de grande parte dos pais é quando o filho se recusa a comer qualquer tipo de alimento saudável e só quer batatinhas fritas, hambúrgueres e doces. Por isso, é importante estabelecer certas regras desde que o pequeno nasce, para que ele se acostume com a rotina da casa.
A criança deve fazer as refeições com os pais sempre que possível, seja para aumentar o vínculo, seja para entender que existe uma rotina naquela casa. Comer com os adultos também serve de referência para aprender a se comportar em um restaurante. A criança pode estar em uma mesinha ou em um cadeirão por perto, se ainda for muito pequena, e os pais devem evitar brinquedos ou televisão nesta hora, para que ela entenda que aquele é o momento de alimentação e socialização com a família.
Falar com o bebê sempre de forma infantilizada e substituir palavras como “água” por “ága” quando ele está aprendendo a falar também não é uma boa ideia, por mais que você ache bonitinho. O afeto no tom e em algumas palavras é sempre bem-vindo, mas não vale empobrecer o repertório.
Condenado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, o andador é considerado nocivo ao desenvolvimento infantil. Além de poder levar a quedas, ele atrasa a aquisição da confiança necessária para andar sem o acessório. Pais que têm pressa em ver a criança andando podem não permitir que ela passe pelas etapas necessárias para andar com confiança, como engatinhar, ficar de pé e andar com apoio para depois conseguir andar sozinha.
O último erro comum dos pais é a falta de confiança neles próprios. Quando o bebê começa a ir para o berçário ou para a escola, por exemplo, é comum que ele chore nos primeiros dias ou até nas primeiras semanas. Isso acontece pelo distanciamento dos pais, mas levar a criança correndo de volta para casa não vai adiantar em nada. A criança só cria segurança e confiança quando passa por situações em que a palavra dela não é a final.
Resp. Técnico: Dr. Eduardo Rahme Amaro. CRM: 31624