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Diabetes gestacional: saiba mais e previna-se

3 de abril de 2012

Diabetes gestacional: saiba mais e previna-se

O que é: se caracteriza pela alteração das taxas de açúcar (glicose) no sangue, ou seja, intolerância aos carboidratos de graus variados de intensidade, diagnosticado pela primeira vez durante a gestação, e que tem como causas fatores ambientais (sedentarismo, excesso de peso, hábitos alimentares inadequados, etc) associados a fatores genéticos. Este quadro aparece geralmente na segunda metade da gestação. Algumas persistirão com a doença e outras apresentarão remissão após o parto. 
Sintomas: na maioria dos casos, os principais sintomas maternos desse tipo de diabetes se confundem com os normais da gravidez como fadiga, sonolência, aumento do volume urinário e sede. Por ser uma doença assintomática que atinge entre 7% a 13% das gestantes, o pré-natal é fundamental para a identificação da patologia.
Fatores de risco: os principais fatores de risco são mulheres com sobrepeso ou obesidade, sedentárias, idade acima dos 35 anos, histórico de diabetes em parentes de primeiro grau, antecedente de síndrome dos ovários policísticos, história de gestações anteriores com fetos grandes, polidrâmnio (aumento do líquido amniótico), hipertensão arterial ou pré-eclâmpsia e eclâmpsia. Algumas medicações podem causar o aumento da glicemia, como o uso de corticóide.
Rastreamento: devido à prevalência relevante e ao aumento do risco materno-fetal, o rastreamento do diabetes deve ser realizado em todas as gestantes. A glicemia plasmática em jejum é solicitada na primeira visita pré-natal. Se a glicemia for igual ou superior a 85 mg/dL, um teste oral de tolerância à glicose deve ser realizado imediatamente, com a finalidade de detectar diabetes preexistente, ainda não diagnosticado. Se o teste for normal, deverá ser repetido entre 24ª e a 28ª semana de gestação, período a partir do qual há aumento do risco de diabetes gestacional. Em alguns casos, o diagnóstico pode ser realizado pela própria glicemia de jejum, não sendo necessário o teste de tolerância.
Tratamento: a partir do diagnóstico, o tratamento imediato se dá com reeducação alimentar, prática de atividade física, se possível, e controle de glicemia. A orientação alimentar é realizada com ajuste calórico para cada paciente, conforme seu índice de massa corporal (IMC), distribuído em refeições ao longo do dia com intervalos a cada três horas, evitando períodos prolongados de jejum, além de substituição de carboidratos simples por complexos, retirada do açúcar e distribuição adequada de proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas e minerais.
Prevenção: programar a gravidez com atenção ao peso ideal, alimentação saudável, prática de exercícios físicos e evitar ganho de peso excessivo durante a gestação são medidas fundamentais para evitar o diabetes gestacional.
Riscos para o bebê: o excesso de glicemia (açúcar) materna é transmitido ao feto através da placenta, elevando a produção de insulina com aumento da circunferência abdominal e da massa corporal fetal, além do acréscimo do líquido amniótico. Este quadro aumenta o risco de trabalho de parto prematuro, tocotraumatismo (lesões maternas e do recém-nascido durante o parto), complicações hipertensivas, como pré-eclâmpsia e eclâmpsia, além do aumento da mortalidade fetal e materna.

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