Mortalidade materna deve ter maior queda desde 2002
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, publicados no jornal Folha de S. Paulo, o Brasil pode registrar a maior queda, em termos absolutos, na taxa de mortalidade materna desde 2002, quando o País freou uma fase acentuada de redução dessas mortes.
Apesar do resultado, é importante destacar que o Brasil está longe de atingir a meta para 2015, traçada pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2000. Segundo levantamento do Ministério, foram 870 mortes maternas no primeiro semestre de 2010 e 705 no mesmo período de 2011; uma diminuição de 19%.
Os dados completos de 2011, ainda preliminares, fazem o governo acreditar que o País pode encerrar o ano com uma razão de mortalidade de 63 mortes de mães por cada cem mil crianças nascidas vivas.
Enquanto os anos 90 registraram uma acentuada queda nesse indicador, os de 2000 foram quase de estabilidade, o que fez pesquisadores apontarem, em 2011, que o Brasil levaria 25 anos para cumprir a meta da ONU, atingindo o indicador apenas em 2040.
As principais causas de morte materna são hipertensão gestacional, hemorragia, infecção pós-parto, doenças circulatórias pré-existentes e agravadas com a gravidez e aborto.